Sunday, July 26, 2009
Friday, July 24, 2009
Rosas
As rosas brancas, esbeltas
Que no jardim em botão ‘stão
Não são mais lindas, não são
Do que as morenas, singelas
As rosas brancas são belas
São as rosas da Inglaterra
A rosa vermelha aquela
Que portuguesa é, deveras
As de cor-de-rosa, as douradas
São de França ou da Alemanha
Cor do nascer do Sol de manhã
As da nossa terra – encarnadas
A rosa creme e a amarela
São de Barcelona e Sevilha
Cor do coração, castiça
A rosa lusa, vermelha
As rosas do Brasil, mimosas
As de Cabo Verde bonitas
As de Angola são pepitas
Escuras, raras, exóticas
Mas são as rosas trigueiras
As rubras, avermelhadas
Que do fogo copiam as chamas
As da terra lusa primeiras
Uma rosa por qualquer nome
Rosa é em qualquer parte
Todo o pão que a rosa sabe
É pão que em rosa se esconde
Todo o coração que dentro bate
É rosa que dentro mora
Foi Rosa Nossa Senhora
No jardim da humanidade
Todas as rosas com seus picanços,
Todas as rosas com seus botões
São erários de devoções
Brasões de afeições e encantos
A rosa, a bonita rosa, a rosa, bonita flor
É a flor rainha das flores, a flor da Paixao e do Amor
As rosas brancas, esbeltas
Que no jardim em botão ‘stão
Não são mais lindas, não são
Do que as morenas, singelas
As rosas brancas são belas
São as rosas da Inglaterra
A rosa vermelha aquela
Que portuguesa é, deveras
As de cor-de-rosa, as douradas
São de França ou da Alemanha
Cor do nascer do Sol de manhã
As da nossa terra – encarnadas
A rosa creme e a amarela
São de Barcelona e Sevilha
Cor do coração, castiça
A rosa lusa, vermelha
As rosas do Brasil, mimosas
As de Cabo Verde bonitas
As de Angola são pepitas
Escuras, raras, exóticas
Mas são as rosas trigueiras
As rubras, avermelhadas
Que do fogo copiam as chamas
As da terra lusa primeiras
Uma rosa por qualquer nome
Rosa é em qualquer parte
Todo o pão que a rosa sabe
É pão que em rosa se esconde
Todo o coração que dentro bate
É rosa que dentro mora
Foi Rosa Nossa Senhora
No jardim da humanidade
Todas as rosas com seus picanços,
Todas as rosas com seus botões
São erários de devoções
Brasões de afeições e encantos
A rosa, a bonita rosa, a rosa, bonita flor
É a flor rainha das flores, a flor da Paixao e do Amor
Galiza Galicia
Galiza/Galicia
A Galicia pertence à Espanha
A Língua Portuguesa não
Os Galegos são da Galicia
Os Portugueses de Galiza são
De Galiza, onde se canta e se ri
De pauliteiros, gaitas de foles
De Braga, Barcelos, Gaia e Porto
Bragança, Mirandela, Trás-os-Montes
A Galicia pertence a Castela
A Língua Portuguesa nunca
É livre, viaja pelo mundo
O mundo inteiro a si junta
Dança com alegria num vira
Dança com alegria num fandango
A Língua portuguesa é rica
Ė linda, é castiça - um canto
Eu falo. Tu falas Português
Portugueses somos nós os dois
Brasileiro é Português também
Seu doce falar nosso, pois
Em Cabo Verde, descalço
Canta uma morna gostosa
Tem a cor do Vinho do Porto
Na sua gente extremosa
O Galego da bossa nova
O Galego do fado e do samba
Na língua de Camões, que é nossa
Ė a Língua que a gente ama
Nos Açores não fala à moda
Mas soa como o velho chinfrim
Galego da Galicia, não
Galego da Galiza sim
A Galicia pertence à Espanha
Portugal a Lisboa não
Os Galegos são da Galicia
Os Portugueses do mundo são
Eu queria ser Galego
Para ser como o meu avô
Mas sou um corisco no mesmo
De S. Miguel, de onde sou
Galego de Trás-s-Montes ao Algarve
Do Minho à Madeira e Açores
Do Rio do Janeiro a Timor
Galego, Português, sim senhores!
A Galicia pertence à Espanha
A Língua Portuguesa não
Os Galegos são da Galicia
Os Portugueses de Galiza são
De Galiza, onde se canta e se ri
De pauliteiros, gaitas de foles
De Braga, Barcelos, Gaia e Porto
Bragança, Mirandela, Trás-os-Montes
A Galicia pertence a Castela
A Língua Portuguesa nunca
É livre, viaja pelo mundo
O mundo inteiro a si junta
Dança com alegria num vira
Dança com alegria num fandango
A Língua portuguesa é rica
Ė linda, é castiça - um canto
Eu falo. Tu falas Português
Portugueses somos nós os dois
Brasileiro é Português também
Seu doce falar nosso, pois
Em Cabo Verde, descalço
Canta uma morna gostosa
Tem a cor do Vinho do Porto
Na sua gente extremosa
O Galego da bossa nova
O Galego do fado e do samba
Na língua de Camões, que é nossa
Ė a Língua que a gente ama
Nos Açores não fala à moda
Mas soa como o velho chinfrim
Galego da Galicia, não
Galego da Galiza sim
A Galicia pertence à Espanha
Portugal a Lisboa não
Os Galegos são da Galicia
Os Portugueses do mundo são
Eu queria ser Galego
Para ser como o meu avô
Mas sou um corisco no mesmo
De S. Miguel, de onde sou
Galego de Trás-s-Montes ao Algarve
Do Minho à Madeira e Açores
Do Rio do Janeiro a Timor
Galego, Português, sim senhores!
Wednesday, July 18, 2007
`Camões
http://portuguese-sonnets-and-english-fados.blogspot.com
Camões
Cortesão, soldado, aventureiro
Camões, o ilustre bardo português
Com amor e orgulho, engenho e altivez
Dos feitos lusos cantou, nos rendeu preito
Poeta, sonhador, apaixonado
Amou sem ser respondido, amou com ardor
No fim na Pátria encontrou seu grande amor
Para morrer sózinho, triste e ignorado
O risco do seu destino igual a tanto
Português que ama a terra, por ela sofre
Lá longe no exílio, mais só e pobre
Vive lembrando Portugal, o sublimando
Voltam depois um dia tristes, no fim de anos
À Pátria, à Terra que deixaram, já como estranhos
Camões
Cortesão, soldado, aventureiro
Camões, o ilustre bardo português
Com amor e orgulho, engenho e altivez
Dos feitos lusos cantou, nos rendeu preito
Poeta, sonhador, apaixonado
Amou sem ser respondido, amou com ardor
No fim na Pátria encontrou seu grande amor
Para morrer sózinho, triste e ignorado
O risco do seu destino igual a tanto
Português que ama a terra, por ela sofre
Lá longe no exílio, mais só e pobre
Vive lembrando Portugal, o sublimando
Voltam depois um dia tristes, no fim de anos
À Pátria, à Terra que deixaram, já como estranhos
Friday, July 06, 2007
A Nossa Primeira Lingua
A nossa Primeira Língua
também é a língua da nossa alma
Não importa quantos anos afastados se tivesse vivido
Quantas outras línguas se tenha dominado
----Ela sendo a primeira,
no fim também é a última, a única afinal
A Nossa Primeira Língua
É como um ente nosso mais próximo
Irmã dos nossos pensamentos
A mãe do nosso intimo, mais intimo
Connosco sempre
se o coração fôr firme e constante
A nossa Primeira Língua
foi aquela em que se aprendeu
a rezar, a pensar, a sentir, a sonhar, a viver
e a ser quem somos intrinsicamente
Como uma boa embarcação
é a língua que nos leva
Por outros mares singrando,
o mundo descobrindo
É a Barca Bela do nosso coração
Eu não a trocaria
por outra língua qualquer
Que a minha língua materializa-me o mundo,
lhe dá expressão
é o seu verbo
é a língua que eu assumo
para dizer quem sou
e aquilo que eu quero
A minha primeira Língua
Será p'ra sempre a minha primeira Língua
Amalia Rodrigues
AMÁLIA
Amália, a voz rainha de Portugal
Aquela que com distinção, alma cantava
Ouvi-la era um prazer que se guardava
Bem fundo no coração, emoção tal
Cantava com saudade—um doce brado
Que nos penetrava no ser com tal fervor
Qual varina apregoava com gosto e ardor
Ouvi-la era um encanto do mais sagrado
Cantava que nem rouxinol, nem ave mais rara
Cantava com humildade e com nobreza
Era a voz mais bonita , mais portuguesa
Acompanhada pela viola e a guitarra
Amália, que saudade nós dela temos
Amália que tristeza, que falta a dela
A mãe da canção lusa mais terna e bela
A voz de Alfama e Mouraria, de fados ternos
Ah gerações vindouras, oh gente nova
Deste doce e amargo Portugal
Aprendei dessa voz de ouro sem igual
Do valôr dessa fadista de Lisboa
Nenhuma casa portuguesa era tão bem cantada
Nem Lisboa antiga será jamais a mesma
Quando cantava o “ Barco Negro”, era uma deusa
Uma sereia que atraía, maravilhava
Que Deus Me Perdoe, Coimbra, Tudo Isto É Fado
Enalteceu a Pátria com os seus talentos
Como os marinheiros dos tempos dos descobrimentos
O nome de Portugal, em cada coração deixou gravado
Silverio Gabriel de Melo
Amália, a voz rainha de Portugal
Aquela que com distinção, alma cantava
Ouvi-la era um prazer que se guardava
Bem fundo no coração, emoção tal
Cantava com saudade—um doce brado
Que nos penetrava no ser com tal fervor
Qual varina apregoava com gosto e ardor
Ouvi-la era um encanto do mais sagrado
Cantava que nem rouxinol, nem ave mais rara
Cantava com humildade e com nobreza
Era a voz mais bonita , mais portuguesa
Acompanhada pela viola e a guitarra
Amália, que saudade nós dela temos
Amália que tristeza, que falta a dela
A mãe da canção lusa mais terna e bela
A voz de Alfama e Mouraria, de fados ternos
Ah gerações vindouras, oh gente nova
Deste doce e amargo Portugal
Aprendei dessa voz de ouro sem igual
Do valôr dessa fadista de Lisboa
Nenhuma casa portuguesa era tão bem cantada
Nem Lisboa antiga será jamais a mesma
Quando cantava o “ Barco Negro”, era uma deusa
Uma sereia que atraía, maravilhava
Que Deus Me Perdoe, Coimbra, Tudo Isto É Fado
Enalteceu a Pátria com os seus talentos
Como os marinheiros dos tempos dos descobrimentos
O nome de Portugal, em cada coração deixou gravado
Silverio Gabriel de Melo
Wednesday, November 01, 2006
Estreita Estrada
Pedi a Deus para que me ditasse um poema
Ele assim o fez enquanto eu meditava
Como uma mãe que com a sua mão dirige a pena
Fez-me escrever o que no coração já escrito estava.
Deu-me a rima e o engenho, até me deu seu tema
Inspirou-me qual a mansa luz da madrugada
Deixou-me ver em tudo e em nada um esquema
Qual passarinho cantar feliz nesta língua amada.
P'la mão de Deus, p'la sua mão de fada
Atrevo-me assim escrever poemas qual fados
Oleiro lhes dar forma e vida,toda a minha alma.
Um dia quando a vida tiver em mim sua obra acabada
Quero seguir o caminho destes seus traços
Seguir no encanto deles a estreita estrada.
(Silvério Gabriel de Melo - Vogelbach, Alemanha)
Pedi a Deus para que me ditasse um poema
Ele assim o fez enquanto eu meditava
Como uma mãe que com a sua mão dirige a pena
Fez-me escrever o que no coração já escrito estava.
Deu-me a rima e o engenho, até me deu seu tema
Inspirou-me qual a mansa luz da madrugada
Deixou-me ver em tudo e em nada um esquema
Qual passarinho cantar feliz nesta língua amada.
P'la mão de Deus, p'la sua mão de fada
Atrevo-me assim escrever poemas qual fados
Oleiro lhes dar forma e vida,toda a minha alma.
Um dia quando a vida tiver em mim sua obra acabada
Quero seguir o caminho destes seus traços
Seguir no encanto deles a estreita estrada.
(Silvério Gabriel de Melo - Vogelbach, Alemanha)