Wednesday, November 01, 2006

Estreita Estrada


Pedi a Deus para que me ditasse um poema
Ele assim o fez enquanto eu meditava
Como uma mãe que com a sua mão dirige a pena
Fez-me escrever o que no coração já escrito estava.

Deu-me a rima e o engenho, até me deu seu tema
Inspirou-me qual a mansa luz da madrugada
Deixou-me ver em tudo e em nada um esquema
Qual passarinho cantar feliz nesta língua amada.

P'la mão de Deus, p'la sua mão de fada
Atrevo-me assim escrever poemas qual fados
Oleiro lhes dar forma e vida,toda a minha alma.

Um dia quando a vida tiver em mim sua obra acabada
Quero seguir o caminho destes seus traços
Seguir no encanto deles a estreita estrada.

(Silvério Gabriel de Melo - Vogelbach, Alemanha)